Realmente nascemos com uma tendência automática para desempenhar funções predominantes com uma das partes do corpo.Há sempre um lado que manda, que age mais rápido e que dita realmente a nossa função.
É tão automático, que nem nos apercebemos. Abrir a porta do carro, escrever, tomar café, chutar a bola ou dar um murro na mesa.
Durante muitos anos foi adotada uma definição que compunha esta triode (visão, membro superior e membro inferior). Mas ao longo dos tempos percebemos que é bem mais que isso.
Basicamente podemos entender a lateralidade como um mecanismo primário de sobrevivência. É adotada possivelmente no momento da primeira mitose celular e vai influenciar a partir desse momento toda a nossa percepção da realidade e consequentemente o nosso comportamento.
Até que ponto a parametrização humana retira a nossa capacidade biológica de sermos mais fortes?
Será que temos mesmo de ser simétricos?
Será que temos mesmo de ter a mesma força na perna direita e na perna esquerda?
Será que temos de ver igual dos dois olhos ?
A minha profissão cada vez me afasta mais das réguas, das máquinas, da parametrização.
O ser humano é uma fonte de estudo inesgotável.