A adaptação social é o grande desafio humano.
Todos os dias lidamos com pessoas que acham que o mundo está todo mal. Que a vida delas é a pior do mundo, os outros não percebem nada e que têm sempre AZAR. Uma coisa é certa, as únicas pessoas que realmente nos entendem, somos nós.
Mudam de emprego, mudam de relacionamentos, mudam de clube, mudam de líderes, mudam de amizades, e a culpa nunca è deles. O mundo conspira!
Temos aqui um diagnóstico de inadaptação ao meio evidente, e mais importante que isso uma auto-avaliação inadequada e gestão do ego descentrada.
Há 3 fatores essenciais à adaptação social:
– As pessoas confundem a competência com esforço.
O esforço só interessa se estiver alinhado em relação às competências. Aqui temos muitas vezes problemas graves de auto-estima. Ao nos subestimarmos temos a capacidade de minimizar o erro não fazendo, ou fazer com a mínima probabilidade de errar. O que normalmente leva a cavalo o medo, não dando como é óbvio um resultado produtivo. O que vai acontecer é uma perda de energias, não sermos competentes na tarefa, não percebermos isso, não aceitarmos e lá vamos pensar que tivemos mais uma vez AZAR.
– Confundem resiliência com teimosia. A resiliência é a capacidade de dar o máximo até à morte por uma causa. É descansar e voltar à luta. Mas para isso é preciso ter uma causa e vontade de lutar. O teimoso nega tudo, não avalia o agora e defende o seu ego a ferro e fogo. O problema é que não produz, não é humilde na informação que entra, não aceita, não transforma e não sai do sítio. Ou seja, volta a ter um AZAR do caraças.
– Confundem ambição, com a utopia do sonho.
Ambição é essencial. Eu querer ser melhor amanhã que hoje. Não há outra forma. Sonhar no conto de fadas é ótimo para temperar a alma, mas não passa disso. Frases bonitas não fazem o nosso caminho. São preciso ações, e isso é complicado, pois dá um trabalho do caraças. Sair da nossa zona de conforto é terrível, mas não há volta a dar-lhe.
Se as coisas correrem mal, tranquilos, o auto-engano está sempre disponível para nos fazer acreditar que a culpa nunca é nossa. E tivemos mais uma vez AZAR.