O amor é uma alegoria social.
Sem querer ser desmancha prazeres, nem que vocês deixem de fazer corações nas declarações de amor e amizade, nós não amamos com o coração. O coração existe para fazer o sangue correr. E já tem trabalho que chegue.
Amamos na verdade com a cabeça.
Segundo Spinoza, basicamente o amor é a alegria que acompanha uma ideia de uma causa exterior.
Ele altera as ideologias, dizendo que começamos a amar, naquele momento onde alguém nos acrescenta felicidade. Amar é poder dizer: “a ideia de tu existires deixa-me feliz. Faz-me sentir bem “.
Na verdade nós não amamos as outras pessoas. Nós amamos o que as outras pessoas nos proporcionam. Nós somos puramente egoistas na nossa base arcaica.
Por isso esqueçam lá a história de morrer de amor, ou linhas gêmeas traçadas nas estrelas. Nós amamos quando queremos e ponto final. Como é óbvio todo este processo é bastante complexo e envolve muitos processos de adaptação emocional a uma sociedade cada vez mais conflituosa nos egocentrismos.
Para terminar gostaria de relembrar que o amor tem 2 níveis .
– A paixão : que é tipo uma demência com a duração de alguns meses, onde tudo é fantástico. É como que se tivéssemos hipnotizados. Mecanismos básico de encantamento ou de sobrevivência e proliferação da espécie. Neste fase onde tudo são rosas, aí de quem ouse dizer que podemos estar errados. E normalmente grandes resoluções são de evitar. ( Casamentos numa praia deserta sem pensar bem nisso ou tatuagens com os nomes dos amados por exemplo). Podem dar asneira…
– Depois temos o amor companheiro, que dá muito mais trabalho e envolve valores, objetivos comuns, partilha e compromisso. E dura o tempo que tudo isto existir, com a vontade dos intervenientes.
E não esquecer, que aquela pessoa perfeita que tanto sonhamos, não existe. Essa pessoa somos nós .