Provavelmente somos das espécies mais cruas no seu nascimento.
Iniciamos dessa forma uma construção social, altamente influenciada pelo clã e extremamente condicionada pelo meio.
Um meio instável, exigente e em transformação constante.
O alicerce que liga toda a comunidade humana chama-se cooperação coletiva. Somos a sociedade mais completa, dinâmica e cooperativa comparando com todos os outros animais.
A nossa evolução enquanto espécie funde-se com as transformações sociais em que ciclicamente fomos envolvidos.
Os grandes dogmas e crenças que aguentaram e moldaram a sociedade nos últimos milhares de anos, já não têm forças para suportar uma humanidade cada vez mais pensante.
Será por aí que estaremos a acompanhar o nascimento de uma nova ordem, tutelada pela conhecimento, alicerçada pela ciência.
A responsabilidade é inimaginável. Alterar os estigmas sociais alicerçados em dogmas, valores e crenças demorará milhares de anos.
Mas o que são milhares de anos numa evolução que já leva milhões?
Uma obra que se fundirá com os processos evolutivos, onde as certezas desaparecem, e a mutação das dúvidas transformará o desequilíbrio na única possibilidade de mudança.
Uma coisa é certa, o Humano continuará a ser dono de um planeta que já percebeu que é pequeno demais para toda a sua ambição.
Não tenho dúvidas que em alguns milhares de anos estaremos a viver noutros planetas. Isto se não destruirmos este primeiro…