Onde vai esse sorriso que era roubado na surdina dos corredores, nas caricaturas dos professores?
Onde vai a anedota que ainda não estava acabada e já não se aguentava a gargalhada?
Onde vai a boa disposição que vivia dos jeitos, dos povos e suas diferenças. Que nos fazia saber quem somos e perceber as nossas crenças?
Onde vai o significado da sátira, da comédia natural, que representava a linguagem de um povo e não um insulto pessoal?
Onde vamos nós sem rir de nós?
Onde vão as gentes sem perceber os seus defeitos e sem procurar os seus jeitos?
Eu quero que riam de mim, de como falo, como bracejo e de quando fraquejo.
Gozem-me quando perco, quando falho pois quero saber o quanto valho.
Porque quero ser eu, mas a fazer parte de vós…